Com ilusão de conhecer algo mais de nossa identidade agostiniana recoleta, nesta segunda semana do curso de preparação para a profissão solene, a dedicamos ao labor pastoral em nossos ministérios. Por isso, iniciamos na semana, escutando o testemunho de nossos religiosos que trabalham em diversas províncias de nossa Ordem. Assim nos alegramos com a presença de membros da Fraternidade Secular Agostiniano Recoleta e de três “leigos” que colaboram na pastoral educativa do colégio Santo Tomás de Vilanova de Granada.

O primeiro em compartilhar suas experiências foi Frei Angel Antonio, quem nos contou como realiza seu labor de apostolado na paróquia Santo Tomás de Vilanova de Granada. Com suas palavras nos animou, como futuros encarregados do labor pastoral nas paróquias, à considerar como o lugar do encontro familiar, onde o amor de Jesus, que nos convoca, se deixe sentir na comunidade por todos nossos fiéis.

Pela tarde, Frei Juan Pablo, da Província da Candelária, falou da importância que tem o convento do deserto da Candelária para a vida da recolecção em Colômbia. Deste lugar surgiram grandes missionários, que com o exemplo de Santo Ezequiel Moreno, religioso espanhol, vindo desde Filipinas, deram um grande impulso evangelizador à missão de Casanare. Hoje o apostolado se segue realizando em paróquias, colégios e através de uma Fundação a favor dos pobres e dos doentes de câncer. Todo este labor de evangelização e de apoio aos necessitados, se fortaleceu com a criação da universidade, la é um agente evangelizador para milhares de jovens que ali se formam.

Para conhecer o assunto das missões em nossa Ordem, Frei Luís Carlos, da Província de Santo Tomás, nos falou da Prelazia de Marajó, onde ele compartilhou sua missão pastoral com muitos agentes laicos. “O trabalho evangelizador é integral porque não só toma em conta a pastoral Sacramental, senão que existe um suporte de apoio logístico para implementar colégios e centros de saúde, sempre em coordenação com as autoridades do lugar para juntar esforços na busca de conseguir uma melhora na qualidade de vida das pessoas que ali vivem”, comentou. Este labor implica um programa de formação para os agentes pastorais que ajudam aos religiosos a fazer melhor seu apostolado espiritual, a favor de todas estas comunidades.

Também, o Vigário Geral da Ordem Frei José Ramón, da Província de São José, nos informou dos diferentes esforços que os religiosos realizam à frente dos ministérios encomendados aos religiosos desta Província nos seminários, as paróquias, colégios, a Fraternidade Secular e no apostolado da caridade, nos postos de fronteira, tanto de Chota como em Cajamarca. Nesse trabalho se conta com a ajuda da ONG Haren Halde e de rádio Santa Mônica, que nos permite chegar aos lugares mais afastados com um programa de evangelização.

Sobre o labor pastoral de colégios, nos falou o Frei Antonio Carrón, da Província de Santo Tomás de Vilanova, quem esteve acompanhado por uma equipe de laicos que colaboram na pastoral do colégio de Granada, composta por uma jovem ex-aluna, um pai de família e um professor da instituição. Eles nos deixaram um bonito testemunho de todo o que se conseguiu com este trabalho pastoral a nível pessoal, familiar e comunitário no colégio. Igualmente, nos contaram muito emocionados, que ali os alunos não só recebem uma formação acadêmica, senão que aprendem a viver o evangelho, em comunidade, desde uma visão agostiniana que lhes ajuda a fortalecer a vida familiar.

Também, os irmãos que integram a Fraternidade Secular OAR, em Granada, nos falaram com autoridade e paixão da identificação que sentem com Santo Agostinho como terciários da Ordem. Nesta comunidade têm encontrado uma razão para viver a fé e os valores agostinianos compartilhando como família, não só o material, senão inclusive a oração e a própria vida.

Frei Carlos María, da Província de Santo Tomás de Vilanova, nos fez uma apresentação do material de trabalho que convém conhecer para o ter em conta no trabalho pastoral com os jovens, de nossas paróquias. O projeto JAR, em sua aplicação prática procura que os jovens se sintam identificados com o evangelho e os valores de nosso carisma, para desde o valor da comunidade despertar neles o compromisso de fé, que lhes permita ter uma vivência significativa na vida da Igreja.

Seguindo este afã por conhecer algo mais do nosso, fomos ao convento de clausura das religiosas Agostinianas Recoleta, da mãe Antônia de Jesus, em Granada. No convento compartilhamos a Eucaristia na capela do claustro. Esta foi uma experiência espiritual gratificante porque nos permitiu conhecer a nossas irmãs religiosas, trocar impressões e passar uma tarde agradável em sua companhia.

Em nossas visitas culturais pela cidade de Granada, visitamos o convento a Cartuxa de São Bruno e a Catedral, duas obras de arte que vistas desde a fé, nos dão uma idéia da grande importância que teve a espiritualidade na vida destes povos.