Miércoles, 24 de abril de 2024
 
A festa de santa Rita de Cássia (II)
 
Bairro de Monachil (Granada, Espanha)
 

“Não foi a rosa florescida em inverno o que a fez santa,
foi seu desejo de encarnar as virtudes teologais”.

(Da pregação do Prior Provincial)

Mil e quinhentas cadeiras estendidas no campo e ainda tinha gente de pé. O dia 22 de maio, nosso convento de Monachil, converteu-se em destino de peregrinação para tantos e tantas devotos de Santa Rita de Cássia. Desde muito cedo, as portas de nossa igreja abria-se para os fiéis que, ao longo do dia, foram se acercando, não só à imagem da santa para cumprir suas promessas, sino também a celebrar o sacramento de nossa fé: a Missa, e reconciliar-se sacramentalmente.

Chama a atenção e sempre o será testemunhar como uma santa tão distante no tempo é tão próxima para o homem de hoje. Santa Rita tem um impacto bastante forte na vida de muitos e muitas contemporâneos. Que tem Santa Rita de especial? Efetivamente não são só seus extraordinários milagres. O que faz a Santa Rita particularmente próxima é sua trajetória por todos os estados da vida cristã. Por isso está tão perto às mães, às esposas, às viúvas e sem dúvida à vida religiosa proporcionando um exemplo de virtudes teologais. Fé, esperança e caridade alicerçaram sua vida e hoje diz-nos por seu médio: “Nós também podemos” ali onde estejamos chamados a florescer.

A cada Missa celebrada este dia, esteve carregada de emotividade e devoção. Contínuas eram os olhares, que seus devotos lançavam à imagem que acompanhava o altar, como fiel custodia de Jesus no sacramento. Contínuas, as lágrimas de pessoas com nomes, com histórias, que vinham a agradecer um favor concedido ou a pedir, desde a angústia, por si mesmos ou por outros. Contínuas eram as fotos, rosas, artigos de devoção que tocaram a imagem e beijaram a relíquia da santa com os olhos da fé.

A missa solene, celebrada em uma carpa habilitada para os fiéis, foi presidida pelo frei Simón Puertas, prior provincial, e concelebrada pelos sacerdotes desta comunidade. Contando ademais com o acompanhamento do coro polifónico da Zubia. Ao longo de todo o dia, esteve aberto o recém-inaugurado Museu, em onde até o momento funciona a Revista Santa Rita e o Povo cristão. A loja, atendida por nossa Fraternidade Secular e os formandos nunca fechou. Ao mesmo tempo, ofereceu-se a apresentaçoa do filme em duas partes da santa. Sorteios, premiações e reconhecimentos adereçaram a velada baixo a direção de nosso querido frei Luis Vela. Um dia de intenso trabalho e de profunda alegria.

Muitas velas, muitas rosas, muitas preces alçaram-se desde este ponto da geografia de nossa Ordem para pedir a intercessão de nossa irmã ante tantos padecimentos do homem atual. Ainda com a alegria de tantos corações fraternizados e com o cheiro a rosas inundando nossos corredores, hoje desde Monachil, gritamos juntos: Viva Santa Rita!